Procurando a definição da palavra “farofa” na internet, eis o que encontramos no wikipédia:
“A farofa é um prato culinário salgado de acompanhamento da cozinha brasileira cujo ingrediente principal é a farinha de mandioca ou a farinha de milho, geralmente passada na gordura à qual podem ser acrescentados inúmeros outros ingredientes, tais como: miúdos, milho, bacon torrado, lingüiça frita, ovos, salsa, cebola, banana, couve entre outros.
É um prato bastante popular no Brasil, tendo sua origem registrada no período colonial, em várias cozinhas regionais, servindo de acompanhamento a assados de carne, ave ou peixe. Por ser um alimento de baixo custo e fácil de preparar, é muito comum entre os trabalhadores.
No Nordeste, principalmente na Bahia, usa-se como gordura o azeite-de-dendê, que dá coloração e sabor característicos à farofa. É frequente, nos assados de aves, recheá-las com uma farofa feita com os miúdos da ave.”
Acreditamos que este prato seja realmente a cara do povo brasileiro! Afinal quando pensamos em farofa, pensamos em mistura!
Por isso hoje inauguramos esta categoria intitulada Farofa lusófona em nosso blog. Uma categoria que vamos alimentar misturando elementos das diversas culturas lusófonas que apreciamos. Por aqui poderão encontrar um vídeo sobre fado ao lado de outro sobre funk carioca, danças apimentadas do nordeste brasileiro e ao mesmo tempo um passeios pelas águas do Tejo e pelas terras de Angola, Moçambique e tantos outros. Tudo junto e misturado!
Ingredientes de nossa primeira Farofa lusófona:
– Uma colherada de rap underground carioca mostrando que é possível fazer parte do universo alternativo e ao mesmo tempo ter um clipe de qualidade! Gastando menos e criando mais!
– Uma pitada de audiovisual com um clipe de um grupo carioca oriundo do underground e apadrinhado por vários rappers brasileiros com um nome forte na praça!
– Um suspiro eletrónico de terras portuguesas! Som preocupante com um leve gosto de David Lynch!
– Uma porção de Angola com o rap de Ikonoklasta!
Vamos a receita! Misturem os ingredientes na ordem seguinte e degustem:
1-Mafia Roots!
Assim se define Toddy Ivon – Motion Designer e Film Maker. Toddy produziu e dirigiu diversos clipes para artistas independentes do atual cenário do rap e da música negra, nomes como Rashid, Rosana Bronks, Terra Preta, AXL, Carol Conka.
A Cone Crew surgiu do underground do rap carioca mas o som deles está cada vez mais difundido e produzido! Nada contra! Bola pra frente que não importa se são ou não underground: o que importa é que o som é bom e o clipe dirigido por Toddy Ivon ficou saboroso!
O vídeo “Chama os Mulekes” entrou no ar no dia 03 de Abril de 2012 e em apenas 8 dias online ultrapassou a marca de um milhão de visualizações. Tem feedback melhor?
Chama-se “Violence” e é o álbum de estreia de Purple, projecto que Luís Dourado vem animando desde 2011. Este é um regresso amparado por um prometedor álbum composto por nove faixas, histórias de violência, atmosferas que Cronenberg e Lynch não desdenhariam. Ainda na nota de imprensa, lê-se que são nove faixas a saudar o medo, a insegurança e a própria escuridão. Podem tirar as vossas conclusões já que o disco está inteiramente disponível para audição.
Tal como o homónimo EP de estreia, “Violence” é uma edição da Terrain Ahead Records.”